sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Leonberger - 04





Leonberger - 03





Leonberger - 02





Leonberger - 01





Temperamento muito doce e afetuoso, o Leonberger é protetor nato de crianças, cuja presença ele procura. Ar descuidado quando em situação de descanso, cheio de vida, muito fiel, adora a família e adapta-se às circunstâncias. Esse cão não suporta a solidão nem ficar amarrado, e precisa de muita atenção por parte do tutor. Ele não é receoso nem agressivo e o adestramento do filhote é fácil. Quando “adolescente”, pode ficar teimoso e por vezes destrutivo. Até que tenha atingido a maturidade, mantenha seu Leonberger ocupado com treinamento, jogos e experiências de socialização. Como a maioria das raças gigantes, ele está propenso a muitos problemas de saúde e tem tragicamente um curto tempo de vida de apenas seis a nove anos. O Leonberger é altamente ativo, não apenas quando filhote, mas também como um adulto. Esteja pronto para dar-lhe pelo menos uma hora de exercício diário. Apesar do tamanho, ele não é um cão para viver fora de casa.  

Duas teorias se opõem quanto às origens desse grande cão de montanha. A primeira faz dele um dos descendentes dos Dogues Tibetanos, conhecidos há séculos nos Alpes centrais e orientais. A existência na Áustria, por volta de 1625, de uma criação de cães conforme o padrão atual, pertencente aos príncipes de Metternich, parece corroborar essa hipótese. A segunda teoria afirma que o primeiro Leonberger nasceu em 1846, graças aos esforços de um criador reputado, na pequena cidade alemã de Leonberg (Bade-Wurtemberg), da qual a raça pegou o nome (derivado da palavra latina leo, “leão”, e da palavra alemã Berg, “montanha”). Esse criador desejava obter um cão de pelagem fulva que lembrasse a do leão, em homenagem ao brasão de sua cidade. O que ele teria conseguido efetuando o cruzamento entre duas raças, o Terra Nova e o São Bernardo. 

O seu tamanho obriga-o a consumir entre 2.700 e 3.000 quilocalorias diárias quando não faz muita atividade física. Aqueles que fazem exercícios muitas vezes precisam consumir 5.500 a 6.000 calorias por dia. Sua dieta também deve incluir vitaminas e ácidos graxos. Seu pelo precisa ser escova todos os dias por ter uma camada interna, pode abrigar parasitas. A limpeza deve ser particularmente cuidadosa nas orelhas. Para os dentes, é recomendável que você escove uma vez ou duas vezes por semana. Os Leonbergers são loucos por água, mesmo no inverno, você precisa ter o cuidado de quando ele estiver em uma idade avançada pode ter doenças reumáticas que se tornam um verdadeiro fardo para o animal. Portanto, você precisa prestar atenção e tentar evitar os seus banhos no inverno. De resto são os cuidados essenciais. 

O Leonberger tem cabeça um tanto alongada e mais alta que larga, olhos de tamanho médio, castanho-escuros de preferência, e trufa sempre preta. As orelhas, de tamanho médio e implantadas alto, caem ao longo da cabeça. O pescoço é ligeiramente convexo; os quadris, sólidos; e o peito, profundo. Os membros anteriores, retos, são guarnecidos de franjas e os posteriores apresentam coxas fortes e musculosas. A cauda dai reta e se ergue ligeiramente quando quando o cão está em ação. Ela é muito bem guarnecida de pelos. A pelagem tem pelo medianamente macio ou áspero, bastante comprido, sempre liso, reto ou muito pouco ondulado, com uma capa bem desenvolvida. O pelo forma uma crina no nível do pescoço e do peito, assim como um culote e franjas. Entre as cores estão o amarelo-leão (fulvo-claro), o fulvo-vermelho e o fulvo-escuro (vermelho-escuro), assim como todas as gradações entre essas cores, combinadas com uma máscara preta.

terça-feira, 10 de julho de 2018

Os primeiros cães das Américas – que desapareceram com a chegada dos europeus




A relação de amizade e dependência entre cães e homens remonta a pré-história, em que a aproximação de um animal que buscava restos de comida era interessante, pois podia significar proteção. Portanto, é natural que, com a chegada dos primeiros seres humanos à América, provavelmente há pelo menos 16 mil anos atrás, os cães também viessem para o continente. Mas registros paleontológicos mostram que os primeiros cães a pisar em solo americano vieram apenas por volta de 10 mil anos atrás. Com base em informações genéticas de 71 restos de ossadas de cães da América do Norte e da Sibéria, uma equipe internacional de cientistas, liderados por pesquisadores da Universidade de Oxford, Universidade de Cambridge, Universidade Queen Mary de Londres e Universidade de Durham, concluiu que o cão "nativo" - ou pelo menos o cão que existia nas Américas antes do contato com o europeu, que veio após a "descoberta" do continente no final do século 15 - tinha um genoma completamente diferente dos lobos norte-americanos ou mesmo de outras linhagens de canídeos. A pesquisa, publicada pela revista Science desta quinta-feira, mostra ainda que o DNA desse ancestral praticamente desapareceu, quando comparado com espécies contemporâneas. Acredita-se que os europeus tenham trazido suas raças de cães e, ao menosprezar o cão local, acabaram por fazer com que a reprodução fosse evitada ou até mesmo combatida. Sim, o cão americano original era um herói, de uma linhagem que provavelmente cruzou o Estreito de Bering ao fim da era glacial e espalhou-se por toda a América, do Norte ao Sul. Mas, para o europeu colonizador, foi tido com um reles vira-lata sem valor - e tal juízo decretou sua extinção. Uma outra hipótese é que tais cães ancestrais tenham sucumbido a pestes trazidas a solo americano pelo europeu - e seus cachorros. Assim como muitos índios morreram por doenças desconhecidas de seu sistema imunológico, fenômeno parecido pode ter ocorrido no mundo animal. "Fato é que estudos de DNA sugerem que a população de cães americanos anterior à chegada dos europeus foi ampla e rapidamente substituída", afirma a pesquisadora Máire Ní Leathlobhair, do departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Cambridge. "Dados obtidos por análise genética mostram que os cães contemporâneos são de um grupo filogenético diferente dos cães anteriores ao contato com os europeus." Ní Leathlobhair e sua equipe compararam os genomas dos 71 cães ancestrais com o material genético de 45 raças diferentes de cães contemporâneos. Os pesquisadores concluíram que esse cão pioneiro das Américas era de um filo único originário do Ártico. Tal animal acompanhou diversas migrações humanas pela Ásia, sobretudo na Sibéria, até conseguir chegar ao continente americano. A primeira vez que paleontólogos encontraram vestígios desses cães ancestrais foi ainda nos anos 1930. Desde então, se acredita que as primeiras levas migratórias desse animal tenham ocorrido há cerca de 10 mil anos. A novidade do estudo publicado nesta semana, portanto, é o fato de que as ossadas foram analisadas geneticamente. E esse material foi comparado com os dos cães contemporâneos. Aí, além da surpresa de que praticamente nada deles restou nos cachorros atuais, veio ainda outra descoberta: um câncer conhecido há centenas de anos e que ainda hoje afeta populações caninas em todo o mundo pode ser o elo perdido a conectar os animais de hoje com esses cachorros ancestrais. Trata-se do tumor venéreo canino transmissível. É uma neoplasia exclusiva dos cães, o mais comum tumor genital entre esses animais - ocorre mais frequentemente em zonas de clima temperado, mas está presente em todos os continentes. "Este câncer, contagioso, se manifesta com tumores genitais. E se espalha entre os cães por transferência de células cancerígenas vivas, geralmente durante a cópula", explica a veterinária Ní Leathlobhair. Essa doença foi documentada por veterinários há centenas de anos, mas, de acordo com o estudo publicado hoje, pode ter surgido, na realidade, há muito mais tempo. Mais precisamente há 8,2 mil anos. A pesquisa mostra que esse câncer está muito mais relacionado aos cães ancestrais americanos do que aos cães, coiotes ou lobos modernos. Mas o levantamento genético, entretanto, concluiu que a doença não surgiu em solo americano. Veio de uma matriz comum, ou seja, o ancestral asiático siberiano que deu origem ao cão nativo americano. A julgar pelas análises efetuadas nas ossadas, originou-se justamente no lado que "ficou" na Ásia e, de lá, se espalhou por todo o mundo. Foi trazido à América, portanto, com os europeus (e seus cães) no século 15. Contudo, mesmo que o cão americano ancestral tenha sido extinto, algo dele sobrou? Não há um consenso entre os cientistas, mas muitos acreditam que certos tons de pelo dos lobos norte-americanos sejam resultado do cruzamento, em tempos remotos, com esses canídeos. "Além disso, alguns estudos anteriores sugeriam que algumas populações modernas de cães americanos possuem uma carga genética de cães ancestrais", relata Ní Leathlobhair. "Para testar essa hipótese, resolvemos realizar exames em mais de 5 mil cães modernos - incluindo exemplares de aldeias americanas. Encontramos de 7 a 20% de ancestralidade desses animais pré-colombianos."

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Cão tailandês é o primeiro a ter próteses de atletas paralímpicos



Cola, um cão vira-lata de Bangkok, amputado das patas dianteiras, já pode correr de novo graças a próteses feitas sob medida, parecidas com as utilizadas pelos atletas paralímpicos. A vida de Cola sofreu uma mudança dramática em 2016, quando um morador do bairro onde ele rondava cortou suas patas dianteiras por ele roer seus sapatos. Um aposentado britânico, Johm Dalley, instalado na Tailândia há anos, teve pena do cachorro e o levou a Phuket, um balneário famoso por sua praia de areia branca no sul do país. Depois de um tempo, Dalley decidiu recorrer a uma empresa local especializada em próteses humanas para fazer um par de patas para Cola. Estas próteses leves "lhe dão um melhor equilíbrio" do que um modelo anterior, mais pesado, comemora Dalley. Depois de Cola, Dalley decidiu criar uma associação, "Soi Dogs" (soi em tailandês significa rua), dedicado aos cães de ruas. Paradoxalmente, Fagerstrom espera que o caso de Cola - o primeiro cão a usar próteses semelhantes aos dos atletas paraolímpicos, de acordo com John - sensibilize os tailandeses sobre a conveniência de recorrer a próteses de alta tecnologia em um país onde há uma tendência de se esconder deficiências.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Cachorrinha grávida ganha ensaio fotográfico na Austrália





Um ensaio de uma cachorrinha grávida da raça dachshund está conquistando a internet. Cindi, de 3 anos, foi clicada pela sua dona, a fotógrafa profissional australiana Vicki Miller, que costuma fazer ensaios para grávidas humanas. Vicki, que mora em North Queensland, já prometeu que vai fazer um ensaio dos filhotinhos da Cindi quando eles nascerem.

Cães têm seu próprio hotel de luxo na Índia





No Critterati, o primeiro hotel de luxo para cães do sul da Ásia, os peludos são tratados como reis: camas fofas, spa, veterinário 24h e cerveja sem álcool importada. Em Gurgaon, cidade satélite de Nova Déli, são bernardos, labradores e lhasa apsos desfrutam de delícias que fariam sonhar os 30 milhões de cães de rua na Índia. Aqui, os proprietários dos animais são chamados de "pais". O cliente de quatro patas tem acesso a um bar, piscina, sessões de cabeleireiro e massagens ayurvédicas. Com suítes que custam até US$ 70 por noite, este hotel para cães é um canil de alto padrão, com um conforto muito superior ao encontrado em qualquer outro lugar. A maior suíte oferece uma cama gigante com uma cabeceira coberta de veludo, uma TV e uma escotilha com acesso a uma varanda privada. No bar, além de pratos tradicionais como frango com arroz, os caninos podem escolher entre muffins, panquecas e sorvete. O sabor bacon é muito popular. Segurando seu labrador em seus braços, Ashish Arora, funcionária de uma rede hoteleira, diz que não poupa quando o assunto é o seu amado Rubo – que tem uma queda por água de coco e frango. No Critterati, fora de questão deixar o cliente ocioso por um segundo. A equipe do hotel se encarrega de todos os detalhes. "O dia começa às 7 da manhã com um passeio para o xixi, depois café da manhã, depois novo passeio para o xixi, depois sessões de brincadeiras por cerca de duas horas, seguidas por um pouco de natação, depois novas brincadeiras, pausa para comer", descreve Deepk Chawla. Os amigos do dono do hotel advertiram que os animais poderiam destruir as camas luxuosas. Finlandesa, Katriina Bahri gerencia há cinco anos uma padaria na Índia com o marido. Sentada no bar, estuda o menu com Billoo, seu Ihasa Apso. O Critterati faz parte da crescente mania da classe média indiana pelos animais de estimação. Dos dois milhões de cães domésticos no país em 2002, estima-se que são agora 15 milhões. Um número que deve ascender a 26 milhões em 2021. Deepk Chawla trabalhou três anos e meio para abrir este hotel, que nasceu mais do amor por cães do que por uma perspectiva incerta de lucratividade.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Cachorrinha dos EUA bate recorde de maior língua, diz Guinness


A cachorrinha Mochi “Mo” Rickert, uma fêmea da raça São Bernardo que mora em Dakota do Sul, nos EUA, ganhou o título de cachorro com a maior língua. A língua de Mochi foi medida em 18,58 centímetros, e o recorde foi verificado ano passado pelo Livro Guinness de Recordes. Carla e Craig Rickert, seus donos, resgataram Mochi de um abrigo quando ela tinha dois anos. Carla disse ao Guinness que Mochi é a prova que um cachorrinho adotado pode dar muitas alegrias aos seus donos.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Cães ajudam a reflorestar áreas devastadas por incêndios no Chile





Onde um dia houve milenares florestas nativas, hoje só restam troncos e terras queimadas. Mas em uma cruzada inédita, três cadelas da raça Border Collie se encarregam de semear essas zonas devastadas pelos incêndios florestais que atingiram o Chile no início do ano, os piores já registrados no país. Um silêncio mortal invade as florestas da região de El Maule, onde em janeiro passado o fogo silenciou o trinado de aves e os uivos das raposas, que morreram ou fugiram das chamas que destruíram mais de 467 mil hectares em todo o país e deixaram 11 mortos. Mas desde março, os latidos de três cadelas Border Collie devolveram a esperança à zona, graças ao seu trabalho minucioso para ressemeá-la com sementes de árvores nativas, pasto e flores, que uma vez que germinarem atrairão para a floresta as aves e animais selvagens que fugiram do fogo. "A parte principal disto é que a fauna possa viver", diz à AFP Francisca Torres, dona das três cadelas que estão fazendo essa tarefa titânica. 'Das', de cinco anos e mãe de 'Olivia', de um ano, ao lado de 'Summer', também de um ano, saem disparadas da caminhonete de Francisca rumo ao local que devem reflorestar neste dia. Carregam no dorso alforjes repletos de sementes, que caem no solo através de orifícios enquanto correm, pulam e brincam sem se dar conta do trabalho gigantesco que realizam. Quando esvaziam as mochilas, Francisca, de 32 anos e que também é instrutora de cães para pessoas com deficiência, gratifica suas ajudantes com comida, antes de encher de novo as bolsas com sementes. Ela treinou os três exemplares para obedecerem as suas ordens e não atacarem nenhum animal silvestre. Segundo Francisca, diretora da Pewos, uma comunidade virtual sobre animais e meio ambiente com mais de 26 mil membros, os Border Collie se destacam por sua inteligência, energia e rapidez, e portanto são semeadores ideais. A utilização de cães nesta tarefa é mais proveitosa do que se fosse feita por pessoas. Os cães podem percorrer até 30 km em um dia e espalhar até 10 quilos de sementes, enquanto um humano poderia semear no mesmo período apenas três quilômetros,explica Francisca. As cadelas estão realizando esta tarefa há três meses, e já ressemearam 15 florestas diferentes da região de El Maule, onde em alguns lugares o pasto voltou a brotar, e já aparecem algumas pequenas árvores, enredadeiras e fungos, graças à umidade do inverno austral. "Passamos por umas pradarias que já estão completamente verdes, e isso é trabalho delas três, de Summer, Olivia e Das", conta Francisca, que financia essa tarefa principalmente do próprio bolso, junto com algumas doações. Ela espera que no próximo verão austral as sementes já tenham germinado, que alguns animais - como lobos, insetos, beija-flores, lagartixas, macacos e lebres - retornem às florestas, e que os prados devastados pelas chamas se transformem em pasto para as vacas, cavalos e vitelos de agricultores duramente afetados pelos incêndios. Na emergência, os voluntários da Pewos distribuíram folhagens para os animais e conseguiram veterinários para atender cães e gatos que foram queimados nos incêndios. A esperança é que, quando a primavera chegar, as flores atraiam as abelhas, que ficaram em uma situação crítica nesta região após a queima de milhares de polinizadoras vitais para a existência da vida. "A situação é super crítica porque elas não têm comida. As abelhas nesta época geralmente se alimentam de algumas árvores autóctones que nesta época ainda têm flores, e agora não há nada", afirmou Constanza, irmã de Francisca, de 35 anos. As abelhas quase desapareceram da zona, enquanto os avicultores clamam por alimentos para as poucas polinizadoras que sobreviveram às chamas. "Nestas zonas não é possível quantificar os danos, (...) o que queimou foi muitíssimo e ardeu por muito tempo", acrescentou. Pewos espera que o trabalho das cadelas permita que as florestas e pradarias recuperem em cerca de cinco anos o ecossistema existente antes dos incêndios.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Cães acompanharam humanos em travessia do estreito de Bering, segundo estudo


Os cães viajaram com os humanos através da ponte de terra que, na Antiguidade, fechava o estreito de Bering, que liga a Ásia em seu extremo nordeste com a América em seu extremo noroeste, segundo um estudo publicado nesta terça-feira (25) pela revista "Cell Reports". A pesquisa, financiada pelos Institutos Nacionais da Saúde dos Estados Unidos (NIH), utilizou sequenciamentos de genes de 161 raças modernas de cães para construir uma árvore evolutiva dessa espécie e desvendar os detalhes migratórios do animal. O mapa de raças de cães, que é o mais extenso já feito, revelou que os cães viajaram com os seres humanos através da Beringia, como é chamado o território que fechava o atual estreito de Bering unindo os continentes. A descoberta poderá ajudar pesquisadores a identificar os genes que predispõem a doenças em cães e em pessoas. Muitas doenças acometem tanto cães quanto humanos, como diabetes, epilepsia e câncer. A prevalência dessas doenças varia muito de acordo com a raça dos cães, o que facilita identificar variantes genéticas possivelmente relacionadas a um aumento de risco para determinada doença. Segundo a teoria mais aceita, o ser humano migrou da Ásia às Américas através dessa ponte, formada durante uma glaciação, um congelamento do mar e um nível mais baixo do que o normal das águas. "Primeiro, houve seleção na tipologia (de cães), como cães pastores ou de caça, e depois houve uma mistura para obter certos traços físicos", afirmou a coautora do estudo e genetista do NIH, Heidi Parker. O estudo destacou que as raças mais populares agora nas Américas são de ascendência europeia, embora algumas do centro e do sul do continente, como o cão peruano sem pelo e o xoloitzcuintle (pelado mexicano) provêm de uma antiga subespécie canina que migrou pelo estreito de Bering com os antepassados dos indígenas americanos. Esta descoberta marcou a primeira evidência viva desses animais nas raças modernas. Anteriormente, a prova era unicamente arqueológica. Enquanto cães de caça como golden retriever e setter irlandês têm origens na Inglaterra da época vitoriana (século XVIII), as raças do Oriente Médio, como o saluki, e da Ásia, como o chow chow e o akita inu, surgiram muito antes. Os de caça, no entanto, registraram uma diversidade "surpreendente", já que não provinham só do Reino Unido, mas também do norte e do sul da Europa. "Os cães de caça foram desenvolvidos a partir de mais de uma origem, em vários lugares e provavelmente em épocas diferentes", explicou Elaine Ostrander, também coautora do estudo. Graças a estes novos dados revelados pelo estudo, de acordo com ela, abriu-se a possibilidade de evoluir no mapeamento das variantes genéticas das doenças.