sábado, 3 de maio de 2014

Flat Coated Retriever - 01




O Retriever de pêlo liso pertence à família dos Retrievers, dentro da qual existem mais cinco variedades: o Labrador Retriever, Golden Retriever, Toller Retriever, o Retriever de pêlo encaracolado (ou Curly-Coated Retriever) e o Chesapeake Bay Retriever. Inicialmente, estes cães foram criados e treinados para auxiliar o homem na caça de aves selvagens, cabendo-lhes a tarefa de trazer as aves abatidas ao seu dono. Alguns autores consideram que a sua história é confusa precisamente porque esta atividade - também designada por retriever - foi desenvolvida por outros cães que adquiriram erradamente o mesmo nome. Crê-se, no entanto, que a raça foi desenvolvida na Inglaterra, por volta do século XIX, e que na sua evolução foram cruzados o Labrador Retriever, o Newfoundland e alguns Spaniels. Inicialmente, surgiu assim o Retriever de pêlo ondulado que é o antecessor do Retriever de pêlo liso.
No final do século XIX, o Retriever de pêlo ondulado foi cruzado com uma Collie, o que permitiu que fosse obtida uma nova variedade de Retriever, com uma pelagem mais atraente. O sucesso deste feito, fez com o Retriever de pêlo liso se tornasse no cão mais popular da Grã-Bretanha, posição que manteve até depois da II Guerra Mundial. Isso foi permitido pelo envolvimento de vários criadores e cinófilos que apostaram no melhoramento dos padrões desta estirpe, tais como S.E.Shirley (fundadora do Kennel Club) e H.R.Cooke, considerado, aliás, o patrono da raça. Este último apostou na sua criação durante mais de 60 anos, em Riverside. Em 1911, foi estabelecido o preto como a cor mais desejável da pelagem desta raça. No entanto, os cruzamentos efectuados com os Collies, originaram crias com marcas brancas.
Em 1915, o Retriever de pêlo liso foi reconhecido pelo Kennel Clube Americano, mas foi precisamente nesta altura que a sua popularidade de começou a decair, em detrimento do Labrador e Golden Retriever, que passaram a ser cobiçados um pouco por todo o lado. Em 1959, o Retriever de pêlo ondulado e o Retriever de pêlo encaracolado participaram pela primeira vez numa exposição de canídeos, na Grã-Bretanha mas, só no ano seguinte, é que ambas as raças são consideradas distintas.
Após a II Guerra Mundial, um admirador e criador da raça, Stanley O’Neill, empenhou-se na sua recuperação que lentamente foi contando com mais registos no Kennel Club americano. O tamanho deste cão varia, nos machos, entre os 58 e os 61 cm e, nas fêmeas, entre os 56 e os 59 cm. O seu peso oscila entre os 25 e os 35 Kg. A sua pelagem é densa, de textura média e lisa, e deve ser preto ou fígado uniforme. A cabeça é longa e bem modelada e o chanfro é acentuado, mas suave entre os olhos. Estes últimos, são de tamanho médio e cor castanha. As orelhas são pequenas, bem inseridas e pendentes junto às faces. O pescoço é razoavelmente longo e o peito é profundo e ligeiramente largo. Dotado com membros musculosos e patas fortes, o corpo deste cão pode-se afirmar elegante e robusto. A cauda curta é extremamente expressiva da alegria que sente. Este cão é um óptimo cão de companhia e de tiro.
Em casa, revela-se uma parceiro devoto à família, atento a tudo e muito amigo das crianças. É um animal dócil e muito sociável, se for bem integrado desde pequeno. Se lhe for concedida a devida atenção, poderá desenvolver todas as qualidades de um animal de estimação. Talhado para ser cão de tiro, fora de casa ele é extremamente energético. Adora brincar e aceita participar em todo o tipo de jogos e actividades com o seu dono. Tal requer algum envolvimento por parte do seu dono, mas só assim será realmente feliz. É um animal inteligente e obediente, pelo que o treino acaba por ser uma tarefa fácil.
Esta raça, com uma esperança média de vida de 10 anos, regista a ocorrência de algumas doenças que são particularmente graves. São exemplo disso a displasia da anca, o cancro (com maior incidência por volta dos 4 anos), a luxação da rótula, epilepsia e a diabetes. A escovagem deve ser diária, por forma a manter o seu pêlo luzidio. Deve-se observar com alguma frequência o estado dos dentes, olhos e orelhas. Estes são cães altamente energéticos, pelo que a prática de exercício deve ser diária e intensa.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Fila Brasileiro - 08





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Fila Brasileiro - 01




O Fila brasileiro é uma raça de cão de grande porte desenvolvida no Brasil e a primeira raça brasileira a ser reconhecida internacionalmente. A origem deste canino está atrelada à colonização do país, quando europeus levaram seus animais de trabalho à nova nação. Desses cruzamentos surgiu um cão que herdou a grande e forte estrutura óssea dos Mastiffs Ingleses, a pele solta e as orelhas baixas dos Bloodhounds, e a resistência dos Bulldogues. Popular em sua nação de origem, chegou a ser a raça mais registrada pela confederação nacional. O fila brasileiro é ainda considerado um personagem anônimo da História do Brasil desde os tempos do descobrimento, quando ajudou os colonizadores na conquista do território, protegendo as comitivas dos Bandeirantes de ataques de nativos e onças ou suçuaranas; e até mesmo sendo usado pelos colonizadores para recapturar escravos fugitivos.
Robusto, é descrito como animal de faro excelente, bem como de temperamento forte, que requer o pulso de donos firmes e experientes. De aparência facial agressiva, teve o seu padrão inicial modificado para mostrar um rosto "menos violento". Em contrapartida, é visto como um canino tolerante com crianças, comportado e seguro.
O fila brasileiro teve seu apogeu nas décadas de 1970 e 1980, quando era uma das raças com maior número de registros. Nesta mesma época, criadores tentaram mudar o padrão oficial da raça para abrandar o temperamento agressivo que, de certa forma, era exaltado no padrão anterior. Uma escolha que hoje em dia é polêmica, alguns criadores acreditam que o fila é um cão necessariamente com ojeriza a estranhos, mas muito dócil com a família e crianças, outros também concordam que ele é muito dócil com a família e crianças, mas preferem um temperamento de guarda mas brando, onde o cão não aceitaria uma invasão territorial, mas aceitaria uma visita acompanhada de seu dono. O fato é que nesta época a palavra ojeriza foi substituída por aversão, mantendo o mesmo significado na expressão "possui aversão a estranhos" em seu padrão oficial. O fila brasileiro é conhecido pela fidelidade e devoção extremas ao dono, características que criaram um provérbio brasileiro secular que diz, "fiel como um fila", tais características comportamentais foram apreciadas durante os séculos de desenvolvimento da raça, o que ajudou a popularizá-la.
Uma de suas características físicas mais marcantes, e que chegam a identificar a raça frente ao público em geral, certamente é o seu tamanho. Filas machos podem atingir até 75 centímetros na cernelha (encontro entre pescoço e costas), uma das maiores raças caninas, apesar de existirem outras mais altas, também é um gigante entre os cães quando medido o comprimento da ponta do peitoral até o final do dorso, e tem uma das maiores e mais pesadas cabeças entre as raças caninas, características dos molossos, mas o que verdadeiramente reforça a impressão de grande porte, é a sua estrutura física com uma impressionante massa muscular, os machos pesam em torno de 70 kg, havendo vários exemplares que ultrapassam esta faixa de peso, apenas a nível de comparação, a maioria dos exemplares da raça Pit Bull, com sua impressionante musculatura, não passam dos 28 kg.
Muitos criadores de fila brasileiro, são unânimes ao afirmar que a raça tem uma característica singular entre as raças de grande porte, atingem em galope uma velocidade insuspeita para cães de tal tamanho, esta velocidade aliada ao seu porte dão ao fila brasileiro um dos mais potentes ataques entre as raças de cães, podendo derrubar um homem com um mínimo de esforço, sua velocidade, inclusive o auxilia a superar obstáculos de até dois metros de altura com certa facilidade. Quando está andando, sua movimentação lembra à dos felinos, movimentando os dois membros do mesmo lado do corpo ao mesmo tempo, o que lhe dá movimentos muito largos, a sua movimentação é influenciada pelas suas articulações de molosso, o que lhe permite rápidas mudanças de direção.
Atualmente, os filas brancos ou brancos e malhados são considerados impuros, porém no passado, já houve filas brancos ou malhados considerados puros e inclusive sendo campeões de exposições caninas e usados na caça. Atualmente, brancos, cinzas, malhados, manchetados, pretos com canela e azuis são fora do padrão, as cores permitidas são todas as cores sólidas ou tigrados com fundo nas cores sólidas, desde os pouco rajados ou fortemente rajados, com ou sem máscara preta, podendo ou não ter marcações brancas nas patas, peitoral e na ponta da cauda, é comum marcações brancas no pescoço, quando o cão também tem marcações brancas no peitoral, com isto formando um colar, porém são indesejáveis, assim como demais marcações brancas no restante da pelagem (com exceção de peito, patas e ponta da cauda). Na prática, os filas brasileiros são de três cores, e em todas as suas variedades, a mais comum é a cor dourada ou amarelada em todas as suas tonalidades, desde os cremes, passando pelos tons de amarelo até chegar nos castanhos ou avermelhados, como cor de barro, em vários tons, estas cores podem ou não ter rajas de pouca ou muita intensidade, finas ou grossas, nos muito rajados, quase não se percebe a cor de fundo, e os rajados podem ser claros ou escuros, passando por todas as variações, e em menor escala, temos os filas de cor preta.
O fila brasileiro possui um dos temperamentos mais paradoxos do reino canino, primeiro porque possui uma característica praticamente única entre todas as raças caninas, e que inclusive está descrita em seu padrão oficial, a aversão à estranhos, na prática, esta característica impede que o animal seja enganado por um conhecido mal intencionado, já que a grande maioria dos filas brasileiros não aceita a visita de pessoas de fora da família em seus domínios, mesmo que acompanhado pelo seu dono, esta característica é única entre todas as raças reconhecidas pela Federação Cinológica Internacional, e devido a isto, em exposições de beleza, o fila brasileiro é a única raça que impede o contato físico com o juiz cinófilo, e atualmente não é mais penalizado por isto porque os juízes tem ciência que tal característica é prevista no seu padrão rácico. Por outro lado, é proverbial a sua fidelidade ao dono e aos membros de sua família, procurando com insistência a companhia de seu dono, como um gigante carente, e é muito grande a sua tolerância com as crianças da família, geralmente deixando os pequenos até mexerem em sua vasilha de ração. Por ter um comportamento avesso à estranhos, se torna um cão muito fiel aos de sua convivência

quinta-feira, 20 de março de 2014

Venda de 'cães leões' totaliza R$ 6,6 milhões na China


Uma criadora de cães na cidade de Tongxiang, na província de Zhejiang na China, divulgou que o comprador que pagou mais de R$ 4,4 milhões em um mastim tibetano dourado (conhecido como 'cão leão') em uma exposição também levou o irmão do animal, chegando ao montante de R$ 6,6 milhões. A empresa informou que o homem, um rico promotor imobiliário, pagou 12 milhões de yuanes (mais de R$ 4,4 milhões) para adquirir o animal de pelo dourado, que tem um ano de idade e 90 kg. Em seguida, o magnata teria pago mais 6 milhões de yuanes (mais de R$ 2,2 milhões) pelo "irmão gêmeo" do primeiro cão, totalizando R$ 6,6 milhões, uma das das maiores quantias pagas no mundo por uma dupla de cães, de acordo com a imprensa chinesa. Os mastins tibetanos são comparados frequentemente aos leões por sua impressionante semelhança. A raça passou a ser muito cobiçada pelos milionários chineses e virou símbolo de status social. O preço dos animais disparou nos últimos anos. "Têm sangue de leão e são a flor e a nata dos machos reprodutores na família dos mastins", afirmou o criador Zhang Gengyun ao jornal Qianjiang. A raça, que em alguns casos pode ser agressiva, se adapta às condições climáticas extremas e à altitude. Tradicionalmente os mastins são muito apreciados pelos pastores nômades da Ásia Central. Os proprietários os consideram bons cães de guarda e muito leais.