quarta-feira, 23 de abril de 2014

Fila Brasileiro - 01




O Fila brasileiro é uma raça de cão de grande porte desenvolvida no Brasil e a primeira raça brasileira a ser reconhecida internacionalmente. A origem deste canino está atrelada à colonização do país, quando europeus levaram seus animais de trabalho à nova nação. Desses cruzamentos surgiu um cão que herdou a grande e forte estrutura óssea dos Mastiffs Ingleses, a pele solta e as orelhas baixas dos Bloodhounds, e a resistência dos Bulldogues. Popular em sua nação de origem, chegou a ser a raça mais registrada pela confederação nacional. O fila brasileiro é ainda considerado um personagem anônimo da História do Brasil desde os tempos do descobrimento, quando ajudou os colonizadores na conquista do território, protegendo as comitivas dos Bandeirantes de ataques de nativos e onças ou suçuaranas; e até mesmo sendo usado pelos colonizadores para recapturar escravos fugitivos.
Robusto, é descrito como animal de faro excelente, bem como de temperamento forte, que requer o pulso de donos firmes e experientes. De aparência facial agressiva, teve o seu padrão inicial modificado para mostrar um rosto "menos violento". Em contrapartida, é visto como um canino tolerante com crianças, comportado e seguro.
O fila brasileiro teve seu apogeu nas décadas de 1970 e 1980, quando era uma das raças com maior número de registros. Nesta mesma época, criadores tentaram mudar o padrão oficial da raça para abrandar o temperamento agressivo que, de certa forma, era exaltado no padrão anterior. Uma escolha que hoje em dia é polêmica, alguns criadores acreditam que o fila é um cão necessariamente com ojeriza a estranhos, mas muito dócil com a família e crianças, outros também concordam que ele é muito dócil com a família e crianças, mas preferem um temperamento de guarda mas brando, onde o cão não aceitaria uma invasão territorial, mas aceitaria uma visita acompanhada de seu dono. O fato é que nesta época a palavra ojeriza foi substituída por aversão, mantendo o mesmo significado na expressão "possui aversão a estranhos" em seu padrão oficial. O fila brasileiro é conhecido pela fidelidade e devoção extremas ao dono, características que criaram um provérbio brasileiro secular que diz, "fiel como um fila", tais características comportamentais foram apreciadas durante os séculos de desenvolvimento da raça, o que ajudou a popularizá-la.
Uma de suas características físicas mais marcantes, e que chegam a identificar a raça frente ao público em geral, certamente é o seu tamanho. Filas machos podem atingir até 75 centímetros na cernelha (encontro entre pescoço e costas), uma das maiores raças caninas, apesar de existirem outras mais altas, também é um gigante entre os cães quando medido o comprimento da ponta do peitoral até o final do dorso, e tem uma das maiores e mais pesadas cabeças entre as raças caninas, características dos molossos, mas o que verdadeiramente reforça a impressão de grande porte, é a sua estrutura física com uma impressionante massa muscular, os machos pesam em torno de 70 kg, havendo vários exemplares que ultrapassam esta faixa de peso, apenas a nível de comparação, a maioria dos exemplares da raça Pit Bull, com sua impressionante musculatura, não passam dos 28 kg.
Muitos criadores de fila brasileiro, são unânimes ao afirmar que a raça tem uma característica singular entre as raças de grande porte, atingem em galope uma velocidade insuspeita para cães de tal tamanho, esta velocidade aliada ao seu porte dão ao fila brasileiro um dos mais potentes ataques entre as raças de cães, podendo derrubar um homem com um mínimo de esforço, sua velocidade, inclusive o auxilia a superar obstáculos de até dois metros de altura com certa facilidade. Quando está andando, sua movimentação lembra à dos felinos, movimentando os dois membros do mesmo lado do corpo ao mesmo tempo, o que lhe dá movimentos muito largos, a sua movimentação é influenciada pelas suas articulações de molosso, o que lhe permite rápidas mudanças de direção.
Atualmente, os filas brancos ou brancos e malhados são considerados impuros, porém no passado, já houve filas brancos ou malhados considerados puros e inclusive sendo campeões de exposições caninas e usados na caça. Atualmente, brancos, cinzas, malhados, manchetados, pretos com canela e azuis são fora do padrão, as cores permitidas são todas as cores sólidas ou tigrados com fundo nas cores sólidas, desde os pouco rajados ou fortemente rajados, com ou sem máscara preta, podendo ou não ter marcações brancas nas patas, peitoral e na ponta da cauda, é comum marcações brancas no pescoço, quando o cão também tem marcações brancas no peitoral, com isto formando um colar, porém são indesejáveis, assim como demais marcações brancas no restante da pelagem (com exceção de peito, patas e ponta da cauda). Na prática, os filas brasileiros são de três cores, e em todas as suas variedades, a mais comum é a cor dourada ou amarelada em todas as suas tonalidades, desde os cremes, passando pelos tons de amarelo até chegar nos castanhos ou avermelhados, como cor de barro, em vários tons, estas cores podem ou não ter rajas de pouca ou muita intensidade, finas ou grossas, nos muito rajados, quase não se percebe a cor de fundo, e os rajados podem ser claros ou escuros, passando por todas as variações, e em menor escala, temos os filas de cor preta.
O fila brasileiro possui um dos temperamentos mais paradoxos do reino canino, primeiro porque possui uma característica praticamente única entre todas as raças caninas, e que inclusive está descrita em seu padrão oficial, a aversão à estranhos, na prática, esta característica impede que o animal seja enganado por um conhecido mal intencionado, já que a grande maioria dos filas brasileiros não aceita a visita de pessoas de fora da família em seus domínios, mesmo que acompanhado pelo seu dono, esta característica é única entre todas as raças reconhecidas pela Federação Cinológica Internacional, e devido a isto, em exposições de beleza, o fila brasileiro é a única raça que impede o contato físico com o juiz cinófilo, e atualmente não é mais penalizado por isto porque os juízes tem ciência que tal característica é prevista no seu padrão rácico. Por outro lado, é proverbial a sua fidelidade ao dono e aos membros de sua família, procurando com insistência a companhia de seu dono, como um gigante carente, e é muito grande a sua tolerância com as crianças da família, geralmente deixando os pequenos até mexerem em sua vasilha de ração. Por ter um comportamento avesso à estranhos, se torna um cão muito fiel aos de sua convivência

quinta-feira, 20 de março de 2014

Venda de 'cães leões' totaliza R$ 6,6 milhões na China


Uma criadora de cães na cidade de Tongxiang, na província de Zhejiang na China, divulgou que o comprador que pagou mais de R$ 4,4 milhões em um mastim tibetano dourado (conhecido como 'cão leão') em uma exposição também levou o irmão do animal, chegando ao montante de R$ 6,6 milhões. A empresa informou que o homem, um rico promotor imobiliário, pagou 12 milhões de yuanes (mais de R$ 4,4 milhões) para adquirir o animal de pelo dourado, que tem um ano de idade e 90 kg. Em seguida, o magnata teria pago mais 6 milhões de yuanes (mais de R$ 2,2 milhões) pelo "irmão gêmeo" do primeiro cão, totalizando R$ 6,6 milhões, uma das das maiores quantias pagas no mundo por uma dupla de cães, de acordo com a imprensa chinesa. Os mastins tibetanos são comparados frequentemente aos leões por sua impressionante semelhança. A raça passou a ser muito cobiçada pelos milionários chineses e virou símbolo de status social. O preço dos animais disparou nos últimos anos. "Têm sangue de leão e são a flor e a nata dos machos reprodutores na família dos mastins", afirmou o criador Zhang Gengyun ao jornal Qianjiang. A raça, que em alguns casos pode ser agressiva, se adapta às condições climáticas extremas e à altitude. Tradicionalmente os mastins são muito apreciados pelos pastores nômades da Ásia Central. Os proprietários os consideram bons cães de guarda e muito leais.