quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cão de Castro Laboreiro - 01







O Cão de Castro Laboreiro é uma raça de cão portuguesa de grande tamanho. Originário da freguesia de Castro Laboreiro, Melgaço, é um cão lupóide de tipo amastinado, sendo mais ligeiro que as restantes raças de cães de gado. A região de sua origem é montanhosa agreste, que se estende desde o rio Minho às Serras da Peneda e do Soajo, entre os rios Trancoso, Laboreiro e Mouro, até cerca dos 1.400 m de altitude.

À semelhança do cão, Castro Laboreiro é uma das terras mais antigas de Portugal. Os vestígios pré-históricos, como as gravuras rupestres e os dólmens, comprovam a presença do homem na região desde há muitos milhares de anos. Os castros são testemunhos da forte presença da cultura castreja na região. Também os celtas e os romanos passaram por aqui, edificando pontes e vias romanas com os seus marcos miliários. As comunidades castrejas sempre viveram da caça e da pesca, da pastorícia e da agricultura. Na procura de boas pastagens para o gado realizavam um tipo de transumância de curta distância, que terá evoluído para uma migração sazonal que ainda hoje se verifica na mobilidade dos povoamentos num sector da população, numa curiosa adaptação às condições orográficas e climáticas. Os cães acompanhavam o gado nestes movimentos transumantes que, por serem de curta distância, ao contrário do que se verificou na restante Península Ibérica (nomeadamente a transumância dos rebanhos de ovinos da Serra da Estrela, cujas deslocações alcançavam várias centenas de quilometros), não requeriam um animal tão possante.

Os avanços científicos têm permitido aos geneticistas confirmar as restantes evidências (ex. arqueológicas, morfológicas e comportamentais) de que o lobo é, efectivamente, o ancestral do cão. Segundo os registos fósseis, a domesticação do lobo terá ocorrido há cerca de 14.000 anos na região do Crescente Fértil, tendo os cães sido rapidamente disseminados por toda a Europa, Ásia e América do Norte. Estudos genéticos indicam ainda que a domesticação deverá ter ocorrido apenas uma vez.

Apesar da presença de cães no território português desde o Mesolítico (10.000-5.000 anos atrás), indícios das primeiras raças surgem apenas nas representações de cenas de caça em mosaicos da época Romana. As primeiras referências às raças nacionais no séc. XVI, sugerem que estas poderão existir há pelo menos 300-600 anos. Embora não seja possível datar a sua origem com precisão, as raças nacionais são consideradas bastante recentes. Com efeito, os estudos efectuados por esta investigadora, revelam uma semelhança genética entre todas as raças, indicando que a maioria deriva de um mesmo grupo ancestral e que terão tido uma origem recente. Os dados obtidos tornam assim improvável que as raças nacionais tenham resultado de um processo adicional de domesticação do lobo.

Os cães de gado sempre foram um elemento importante para as comunidades agro-pastoris, o que é evidenciado pelo facto da primeira alusão aos cães no início da nacionalidade incluir os cães de gado: “Todo ome, que galgo, ou podengo, ou perro de gaado matar, peyte dous maravedis”. No que diz respeito ao Cão de Castro Laboreiro, a sua qualidade e importância são evidenciadas por diversos autores. Augusto Leal (1874), ao descrever a região, faz menção aos cães existentes: “Criam-se aqui mastins d’uma corpolencia e vigor extraordinarios, pois qualquer d’elles mata um lobo!” Também o etnógrafo José Leite de Vasconcelos (1933) faz referência ao Cão de Castro Laboreiro como cão de gado: “aos cães de montanha pertencem no Continente, como cães de gado, os … de Castro-Laboreiro”. Escritos galegos sobre o pastoreio na vertente galega da Serra do Laboreiro mencionam igualmente este cão, utilizado para proteger o gado dos ataques dos lobos em território português. Na literatura encontram-se igualmente referências à raça, como no romance de Camilo Castelo Branco, A Brasileira de Prazins (1879).

As características ambientais específicas da região e do sistema de pastoreio, aliado ao isolamento geográfico, deram origem a um cão de gado de características únicas. Apesar da provável origem comum às mais de 50 raças de cães de gado reconhecidas na Ásia e em toda a região mediterrânica, distingue-se destas por ser um cão mais ligeiro. Com efeito, trata-se de uma raça de cão de montanha, de médio a grande porte, mas mais do tipo lupóide que amastinada – com uma cabeça mais leve, mas potente, e com uma altura ao garrote que pode variar entre os 55 e os 64 cm (com mais 2 cm de tolerância) e um peso que varia entre os 25 e os 40 kg. Estas características permitem-lhe ser mais activo e portanto incansável, estando sempre alerta, acompanhando facilmente o rebanho e patrulhando toda a área por onde este se dispersa, apercebendo-se rapidamente da presença dos predadores.

O estudo morfológico desenvolvido por Carla Cruz (2006) indica que a raça tem um andamento típico entre os trotadores de longa duração e os galopadores de endurance, no que se distingue das restantes raças nacionais de cães de gado, e que lhe permite acompanhar os rebanhos no pastoreio ao longo de todo o dia e ainda uma perseguição mais eficaz dos predadores, nomeadamente, dos lobos. Apesar da sua menor corpulência, a maior agilidade é uma vantagem também nos confrontos com o lobo, escapando facilmente às investidas destes. São várias as histórias de cães que terão ajudado os pastores a capturar lobos que atacavam os rebanhos, sendo pouco frequentes as notícias de cães atacados fatalmente por lobos.

Os olhos do Cão de Castro Laboreiro são oblíquos em forma de amêndoa, de tamanho médio e expressão simples, castanho claros na pelagem clara e castanho escuros na pelagem mais escura. As orelhas são triangulares, arredondadas na ponta, pendentes e de inserção um pouco acima da média. Quando o cão está atento, a orelha volta-se para diante, ficando a face externa em posição anterior. A cauda é larga e grossa, descendo até ao curvilhão, quando o animal está sossegado e em movimento toma a forma de alfange, ultrapassando a linha do dorso. O pêlo é curto (5 cm), grosso e resistente, duro ao tacto, liso e abundante em todo o corpo. Por norma, o pêlo mantém-se mais macio em certas zonas, como a cabeça e as orelhas.

A cor da pelagem predominante é o lobeiro, que pode surgir nas tonalidades claro, comum e escuro, sendo esta última a mais frequente. Trata-se de uma pelagem composta (policromática), frequentemente raiada.

Tendo por base a descrição proposta por Pedro Santa Rita (2005), considera-se que no lobeiro claro, que tem por base um fundo claro, a predominância de determinadas cores nos pêlos confere-lhe uma cor cinza, creme ou palha. No caso do lobeiro escuro, que tem como base um fundo escuro, dominam os pêlos escuros, pretos e cinzas mais ou menos escuros. Por vezes podem aparecer as três variedades no mesmo indivíduo em regiões diferentes: o lobeiro escuro na cabeça, dorso e espáduas; o lobeiro comum no tórax, garupa e coxas; e o lobeiro claro no ventre, terços e bragadas. Nestes casos deverá ser considerada a pelagem dominante.

É ainda referida uma outra coloração mais rara, designada cor do monte e considerada pelos castrejos como característica étnica. Trata-se também de uma pelagem composta, alobatada, pardusca, com cambiantes mais ou menos carregadas, no preto, tendo à mistura, no todo ou em parte, pêlos castanhos, cor de pinhão, ou avermelhados, cor de mogno. Como refere Pedro Santa Rita (2005), a designação pretende traduzir as colorações dominantes da vegetação das pastagens serranas no Outono, constituídas pelas flores do tojo e da urze, pela erva e pelos fetos secos, bem como pelas folhas de carvalho e de vidoeiros, num gradiente de amarelo-torrado, passando pelo castanho claro até ao castanho mais escuro e ao avermelhado, onde estão mais ou menos presentes os cinzas e os negros, nunca dominantes. Admite-se uma pequena malha branca no peito.

A maior predominância do lobeiro escuro e também do lobeiro comum, colocam em risco a riqueza e a variabilidade cromática da raça. O lobeiro claro e, particularmente, a cor-do-monte, são pelagens actualmente ameaçadas, devendo desenvolver-se um esforço para aumentar o número de animais com estas pelagens mais raras.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A3o_de_Castro_Laboreiro

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Cão de Canaã - 01









O Cão de Canaã é uma raça de cão originária de Israel. Trata-se de um cão que possui grande devoção pela família e que mantém certa distância de pessoas estranhas. Pode latir muito por se tratar de um guardião por essência.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A3o_de_Cana%C3%A3

O cão de Canaã é uma raça muito rústica e resistente, de grande inteligência, que foi capaz de sobreviver praticamente sozinha no deserto por mais de 2000 anos. Seu temperamento é dócil, dedicado e fiel ao seu dono e manso com crianças. Possui instinto territórial , é muito alerta e desconfiado com estranhos, qualidades que fizeram dele um bom cão de guarda. Esta é uma raça domindora em relação a outros cães, podendo vir a ser “brigona” com eles, especialmente com exemplares do mesmo sexo. O cão de Canaã é muito inteligente e versátil.

Esta raça é muito rústica e saudável, ela precisa de espaço e exercício para se manter feliz e saudável, não deve ser confinada em espaços pequenos. Seu pêlo precisa apenas de escovação regular, para a retirada de pêlos mortos, a escovação deve ser menos espaçada durante a época da muda.

APARÊNCIA GERAL: cão de tamanho médio, bem balanceado, forte e quadrado, lembrando o tipo dos cães selvagens. Distinção muito evidente entre os sexos.
Fonte: http://cachorrosdez.blogspot.com/2010/01/cao-do-canaa.html

domingo, 17 de julho de 2011

Cão de Bestiar (Pastor Maiorquino) - 01











O Cão Bestiar ou Pastor Maiorquino (Perro de Pastor Mallorquín) é uma raça canina europeia proveniente da Espanha. Também conhecido como Ca de bestiar, que significa, em catalão, "cão de gado".

O Pastor Maiorquino é alto, medindo até 73 cm e até 40 kg. A maioria da raça é de pelagem curta, cerca de 1,5 a 3 cm de comprimento na parte de trás, com um muito bom subpelo fino. Na variedade de pelos longos, o pelo é levemente ondulado nas costas e pode chegar a mais de 7 cm de comprimento no inverno. Na variedade de pelo longo do subpelo é bem distribuído e não grossas, mostrando vários tons de preto. As orelhas, que são levemente dobradas de lado, são relativamente pequenas, triangulares, grossas e altas na cabeça. A cor da pele é padronizada pela Fédération Cynologique Internationale: "A única cor aceitável é preto, normal e breu branco só é permitida no peito, uma gravata fina no pescoço e na parte da frente e retaguarda.(...)". Räber menciona uma coloração escura com rajados adicionais. O Pastor Maiorquino nunca foi criado para ter beleza e aparência áspera. Seu temperamento é de protetor, potencialmente agressivo e corajoso. Embora seja raro que um cachorro preto tolere o calor também, o Pastor Maiorquino pode tolerar as altas temperaturas do clima mediterrânico, e foram exportados para o Brasil onde têm sido usadas com sucesso para proteger as propriedades privadas.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pastor_maiorquino

Cão de Artois - 01













O Cão de Artois (em francês: Chien d'Artois) é um cão caçador cujos registros de exemplares semelhantes datam dos anos de 1 400, em pintura de Gaston Phébus de Foix, na qual é retratada uma matilha de cães com um d'Artois entre o grupo, encurralando um leopardo. Reconhecidamente um dos mais antigos sabujos franceses, é ainda apelidado de braquet (algo próximo a cão pequeno). Seu tamanho reduzido em relação aos da mesma categoria talvez tenha lhe assegurado a sobrevivência em meio a Revolução Francesa. Apesar dos cruzamentos realizados no século XIX que quase levou esta raça à extinção, ela vem, segundo estudos de veterinários e criadores, satisfatoriamente se restabelecendo. Fisicamente pode atingir os 24 kg e os 58 cm. Entre suas principais características estão suas orelhas longas, chatas e largas, e suas patas esguias, com dedos longos. De pelagem tricolor, possui o seu adestramento considerado variante entre o moderado e o difícil.