quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Cães policiais são fantasiados para festa de Halloween na Inglaterra


Em clima da festa de Halloween, o Dia das Bruxas nos países de língua inglesa, a polícia do condado de Cheshire, na Inglaterra, fantasiou os cães policiais Toby e Amos. Em tuíte, a polícia disse que os cãezinhos esperam ser convidados para visitar as casas da comunidade em troca de petiscos caninos.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

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Temperamento muito doce e afetuoso, o Leonberger é protetor nato de crianças, cuja presença ele procura. Ar descuidado quando em situação de descanso, cheio de vida, muito fiel, adora a família e adapta-se às circunstâncias. Esse cão não suporta a solidão nem ficar amarrado, e precisa de muita atenção por parte do tutor. Ele não é receoso nem agressivo e o adestramento do filhote é fácil. Quando “adolescente”, pode ficar teimoso e por vezes destrutivo. Até que tenha atingido a maturidade, mantenha seu Leonberger ocupado com treinamento, jogos e experiências de socialização. Como a maioria das raças gigantes, ele está propenso a muitos problemas de saúde e tem tragicamente um curto tempo de vida de apenas seis a nove anos. O Leonberger é altamente ativo, não apenas quando filhote, mas também como um adulto. Esteja pronto para dar-lhe pelo menos uma hora de exercício diário. Apesar do tamanho, ele não é um cão para viver fora de casa.  

Duas teorias se opõem quanto às origens desse grande cão de montanha. A primeira faz dele um dos descendentes dos Dogues Tibetanos, conhecidos há séculos nos Alpes centrais e orientais. A existência na Áustria, por volta de 1625, de uma criação de cães conforme o padrão atual, pertencente aos príncipes de Metternich, parece corroborar essa hipótese. A segunda teoria afirma que o primeiro Leonberger nasceu em 1846, graças aos esforços de um criador reputado, na pequena cidade alemã de Leonberg (Bade-Wurtemberg), da qual a raça pegou o nome (derivado da palavra latina leo, “leão”, e da palavra alemã Berg, “montanha”). Esse criador desejava obter um cão de pelagem fulva que lembrasse a do leão, em homenagem ao brasão de sua cidade. O que ele teria conseguido efetuando o cruzamento entre duas raças, o Terra Nova e o São Bernardo. 

O seu tamanho obriga-o a consumir entre 2.700 e 3.000 quilocalorias diárias quando não faz muita atividade física. Aqueles que fazem exercícios muitas vezes precisam consumir 5.500 a 6.000 calorias por dia. Sua dieta também deve incluir vitaminas e ácidos graxos. Seu pelo precisa ser escova todos os dias por ter uma camada interna, pode abrigar parasitas. A limpeza deve ser particularmente cuidadosa nas orelhas. Para os dentes, é recomendável que você escove uma vez ou duas vezes por semana. Os Leonbergers são loucos por água, mesmo no inverno, você precisa ter o cuidado de quando ele estiver em uma idade avançada pode ter doenças reumáticas que se tornam um verdadeiro fardo para o animal. Portanto, você precisa prestar atenção e tentar evitar os seus banhos no inverno. De resto são os cuidados essenciais. 

O Leonberger tem cabeça um tanto alongada e mais alta que larga, olhos de tamanho médio, castanho-escuros de preferência, e trufa sempre preta. As orelhas, de tamanho médio e implantadas alto, caem ao longo da cabeça. O pescoço é ligeiramente convexo; os quadris, sólidos; e o peito, profundo. Os membros anteriores, retos, são guarnecidos de franjas e os posteriores apresentam coxas fortes e musculosas. A cauda dai reta e se ergue ligeiramente quando quando o cão está em ação. Ela é muito bem guarnecida de pelos. A pelagem tem pelo medianamente macio ou áspero, bastante comprido, sempre liso, reto ou muito pouco ondulado, com uma capa bem desenvolvida. O pelo forma uma crina no nível do pescoço e do peito, assim como um culote e franjas. Entre as cores estão o amarelo-leão (fulvo-claro), o fulvo-vermelho e o fulvo-escuro (vermelho-escuro), assim como todas as gradações entre essas cores, combinadas com uma máscara preta.

terça-feira, 10 de julho de 2018

Os primeiros cães das Américas – que desapareceram com a chegada dos europeus




A relação de amizade e dependência entre cães e homens remonta a pré-história, em que a aproximação de um animal que buscava restos de comida era interessante, pois podia significar proteção. Portanto, é natural que, com a chegada dos primeiros seres humanos à América, provavelmente há pelo menos 16 mil anos atrás, os cães também viessem para o continente. Mas registros paleontológicos mostram que os primeiros cães a pisar em solo americano vieram apenas por volta de 10 mil anos atrás. Com base em informações genéticas de 71 restos de ossadas de cães da América do Norte e da Sibéria, uma equipe internacional de cientistas, liderados por pesquisadores da Universidade de Oxford, Universidade de Cambridge, Universidade Queen Mary de Londres e Universidade de Durham, concluiu que o cão "nativo" - ou pelo menos o cão que existia nas Américas antes do contato com o europeu, que veio após a "descoberta" do continente no final do século 15 - tinha um genoma completamente diferente dos lobos norte-americanos ou mesmo de outras linhagens de canídeos. A pesquisa, publicada pela revista Science desta quinta-feira, mostra ainda que o DNA desse ancestral praticamente desapareceu, quando comparado com espécies contemporâneas. Acredita-se que os europeus tenham trazido suas raças de cães e, ao menosprezar o cão local, acabaram por fazer com que a reprodução fosse evitada ou até mesmo combatida. Sim, o cão americano original era um herói, de uma linhagem que provavelmente cruzou o Estreito de Bering ao fim da era glacial e espalhou-se por toda a América, do Norte ao Sul. Mas, para o europeu colonizador, foi tido com um reles vira-lata sem valor - e tal juízo decretou sua extinção. Uma outra hipótese é que tais cães ancestrais tenham sucumbido a pestes trazidas a solo americano pelo europeu - e seus cachorros. Assim como muitos índios morreram por doenças desconhecidas de seu sistema imunológico, fenômeno parecido pode ter ocorrido no mundo animal. "Fato é que estudos de DNA sugerem que a população de cães americanos anterior à chegada dos europeus foi ampla e rapidamente substituída", afirma a pesquisadora Máire Ní Leathlobhair, do departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Cambridge. "Dados obtidos por análise genética mostram que os cães contemporâneos são de um grupo filogenético diferente dos cães anteriores ao contato com os europeus." Ní Leathlobhair e sua equipe compararam os genomas dos 71 cães ancestrais com o material genético de 45 raças diferentes de cães contemporâneos. Os pesquisadores concluíram que esse cão pioneiro das Américas era de um filo único originário do Ártico. Tal animal acompanhou diversas migrações humanas pela Ásia, sobretudo na Sibéria, até conseguir chegar ao continente americano. A primeira vez que paleontólogos encontraram vestígios desses cães ancestrais foi ainda nos anos 1930. Desde então, se acredita que as primeiras levas migratórias desse animal tenham ocorrido há cerca de 10 mil anos. A novidade do estudo publicado nesta semana, portanto, é o fato de que as ossadas foram analisadas geneticamente. E esse material foi comparado com os dos cães contemporâneos. Aí, além da surpresa de que praticamente nada deles restou nos cachorros atuais, veio ainda outra descoberta: um câncer conhecido há centenas de anos e que ainda hoje afeta populações caninas em todo o mundo pode ser o elo perdido a conectar os animais de hoje com esses cachorros ancestrais. Trata-se do tumor venéreo canino transmissível. É uma neoplasia exclusiva dos cães, o mais comum tumor genital entre esses animais - ocorre mais frequentemente em zonas de clima temperado, mas está presente em todos os continentes. "Este câncer, contagioso, se manifesta com tumores genitais. E se espalha entre os cães por transferência de células cancerígenas vivas, geralmente durante a cópula", explica a veterinária Ní Leathlobhair. Essa doença foi documentada por veterinários há centenas de anos, mas, de acordo com o estudo publicado hoje, pode ter surgido, na realidade, há muito mais tempo. Mais precisamente há 8,2 mil anos. A pesquisa mostra que esse câncer está muito mais relacionado aos cães ancestrais americanos do que aos cães, coiotes ou lobos modernos. Mas o levantamento genético, entretanto, concluiu que a doença não surgiu em solo americano. Veio de uma matriz comum, ou seja, o ancestral asiático siberiano que deu origem ao cão nativo americano. A julgar pelas análises efetuadas nas ossadas, originou-se justamente no lado que "ficou" na Ásia e, de lá, se espalhou por todo o mundo. Foi trazido à América, portanto, com os europeus (e seus cães) no século 15. Contudo, mesmo que o cão americano ancestral tenha sido extinto, algo dele sobrou? Não há um consenso entre os cientistas, mas muitos acreditam que certos tons de pelo dos lobos norte-americanos sejam resultado do cruzamento, em tempos remotos, com esses canídeos. "Além disso, alguns estudos anteriores sugeriam que algumas populações modernas de cães americanos possuem uma carga genética de cães ancestrais", relata Ní Leathlobhair. "Para testar essa hipótese, resolvemos realizar exames em mais de 5 mil cães modernos - incluindo exemplares de aldeias americanas. Encontramos de 7 a 20% de ancestralidade desses animais pré-colombianos."