Nascido no Tibete, o Lhasa Apso é considerado um dos mais antigos cães do mundo. Animal sagrado, ele era principalmente criado nos conventos de monges tibetanos. A formidável pelagem dourada, que se parece com a da cabra do Tibete, lhe valeu o qualificativo de “Apso”, do nome desse animal.
Ele leva o nome da cidade sagrada de Lhasa. Por milhares de anos, o Lhasa foi produzido exclusivamente pela nobreza e monges nos mosteiros para ser um cão de guarda e protetor. Ele é conhecido em sua terra natal como Abso Seng Kye, que se traduz como “Bark Lion Dog Sentinel” (em português seria algo como “Cão Leão Sentinela que Ladra”).
A espessa camada do Lhasa é protetora; seu clima nativo vai do calor intenso ao frio extremo.
História registrada da raça remonta a 800 a.C. Um Lhasa era considerado um cão que trazia boa sorte, mas era quase impossível comprar um: ele era um cão de guarda em templos e mosteiros e, portanto, era considerado sagrado. Pensava-se que quando um proprietário morresse, a alma humana entrava no corpo de seu Lhasa Apso. Lhasas não eram autorizados a deixar o país, exceto quando dados como presentes a Dalai Lama.
Alegre, vivo e cheio de segurança, esse companheiro charmoso é muito sensível e discreto. Ele tem orelhas muito finas e dá o alarme por meio de seus latidos agudos. Seguro de si e estável, ele se mostra, todavia, desconfiado com estranhos.
Esse cão de forte personalidade só pode se desenvolver com o contato estreito com os humanos. Em geral, ele se apega a uma só pessoa e ignora as demais. Inteligente e muito intuitivo, o Lhasa Apso deve ser adestrado com doçura. Prefere viver calmamente.
O Lhasa pode ser pequeno, mas ele não é nem um pouco frágil. Ele é resistente e forte, e vai fazer amigos, mas só quando ele tiver certeza que o indivíduo não representa uma ameaça. Ele é um excelente cão de guarda.
O Lhasa Apso pensa que é um cão de grande porte. Produzido por centenas de anos para ser um cão de guarda real, o Lhasa moderno encara a vida da mesma maneira como seus antepassados fizeram: ele é um guardião leal da casa e da família. A natureza protetora do Lhasa pode surpreender aqueles que não estão familiarizados com ele, já que sua aparência “delicada”, por ser pequeno e de pelagem longa pode enganar a muitas pessoas. Ele certamente não parece feroz. Mas quando se trata de proteger o seu próprio território, o Lhasa é feroz, mas nunca excessivamente agressivo. Ele é naturalmente desconfiado com estranhos – uma característica excelente para um guarda do palácio – e ele leva seu trabalho a sério como protetor.
Se você está considerando se tornar um tutor de um Lhasa – e muitos acham sua aparência irresistível – você deve considerar a natureza protetora desta raça iniciando sua socialização e treinamento precocemente. Ambos são absolutamente críticos para o sucesso de um Lhasa como um membro da família, de modo que ele pode direcionar corretamente a sua tendência natural. O tempo investido em treiná-lo, no entanto, vale o esforço em termos de lealdade, alegria e companheirismo que será de longa duração.
O Lhasa gosta de fazer as coisas a seu modo, o que significa que seu objetivo na vida não é necessariamente agradá-lo. Nisto ele difere de outras raças como o obediente Labrador Retriever. Enquanto o Lhasa pode ser treinado com sucesso, ele nem sempre é o cão mais obediente da classe.
Mas aqueles que conhecem e amam o Lhasa vão elogiar sua inteligência e capacidade única de raciocínio.
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