Nasceram, nos Estados Unidos, os primeiros filhotes de cachorro concebidos em laboratório por fertilização in vitro. Os primeiros "cães de proveta" do mundo são uma mistura de beagle, labrador e cocker spaniel e fazem parte de uma pesquisa da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Cornell.
Nascidos em 10 de julho, todos já foram adotados, exceto uma fêmea que foi mantida no laboratório para ter sua própria cria.
O pesquisador Alexander Travis, um dos autores da pesquisa e diretor do Instituto Baker para Saúde Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Cornell, em Ithaca, Nova York, adotou dois filhotes: Red e Green.
A fertilização in vitro, processo em que se fertiliza um óvulo com esperma fora do corpo, é amplamente usado para reprodução humana hoje em dia. O primeiro nascimento de um "bebê de proveta" ocorreu em 1978.
Mas os esforços para realizar fertilização in vitro em cachorros tinham falhado até agora, de acordo com o pesquisador Pierre Comizzoli, do Instituto Smithsonian de Biologia de Conservação em Front Royal, na Virginia. Ele trabalha em conjunto com a Universidade Cornell.
"A biologia do cachorro é realmente muito diferente da dos humanos", disse Comizzoli. A gravidez dos cães dura apenas dois meses e as fêmeas entram no cio apenas uma ou duas vezes por ano e liberam óvulos imaturos, em vez dos maduros, necessários para a fertilização in vitro.
Um artigo descrevendo a ninhada como "os primeiros nascimentos bem-sucedidos de fertilização in vitro de cães" foi publicado nesta terça-feira (8) na revista "PLOS ONE".
Segundo os pesquisadores, a fertilização in vitro para cães pode ser usada para preservar espécies em perigo e também selecionar embriões para evitar futuros problemas de saúde relacionados às raças.
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